Somos um estúdio que cria inovadoras experiências de aprendizagem para pessoas, equipas e organizações
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Como trabalhamos
Procuramos fazer real diferença. Não sabemos à partida qual a melhor solução, mas desenhamo-la em parceria
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Pessoas
Para aprender, de forma sustentada e sustentável, há que pôr em causa o que se pensa que se sente e sabe. Aprender a aprender é o melhor que podemos ensinar.
Equipas
Uma equipa não é mera soma das pessoas que dela fazem parte. Tem vida e cultura próprias. Acreditamos que o sucesso de uma equipa está ligado à forma como se conversa.
Organizações
Uma organização é uma rede de conversações orientadas para a coordenação de acções, que visam resultados. O que se diz e o que fica por dizer fazem a cultura.
Os nossos clientes desafiam-nos porque querem ser desafiados
Trabalhamos com organizações de todos os sectores e dimensões. Desde que tenham coragem de se colocar em causa; desde que queiram, realmente, fazer a diferença; desde que estejam confortáveis em fazer diferente; desde que se ocupem das pessoas e da sua evolução; desde que procurem um sentido, um propósito, para o que fazem.
Como pensamos
Acreditamos que a inquietude e a curiosidade são os motores da criatividade
Andamos numa busca permanente pela melhor forma de expressar as ideias que nos entusiasmam e incomodam, as quais tantas vezes surgem numa conversa.
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Quanto mais se fala de autonomia no trabalho, menos autonomia parece existir. Quanto mais se proclama querer pessoas maduras e responsáveis, mais infantis se tornam as práticas de gestão. Mesmo os momentos de lazer no trabalho devem agora "desenvolver competências", "fortalecer a equipa", "melhorar a comunicação". O prazer não-instrumentalizado tornou-se uma ameaça à ordem corporativa?
A obsessão pela excelência está a tornar-nos menos excelentes. Ao perseguirmos incessantemente a perfeição, perdemos de vista o que realmente importa: a capacidade de aprender, crescer e contribuir de forma significativa para o mundo. E se, em vez de tentarmos ser perfeitos, nos focássemos em ser 'suficientemente bons'?
Some distractions are meaningful and productive, just as certain objects hardly deserve the attention we give them. Perhaps you’re envy-scrolling on Instagram when you hear a strange chirp overhead and find yourself marveling at the sight of a violet-backed starling. In that instant, a negative attention transforms into a beautiful distraction.
A intuição e as capacidades de dedução e de inferência são falíveis. Por outro lado, são precisamente estas características que nos permitem avançar, criar e imaginar cenários futuros que, ora nos assustam, ora nos inspiram e entusiasmam.
Quanto vale uma conversa? E quanto custa? As expressões “as boas conversas não têm preço” ou “as conversas têm valor incalculável” podem bem enquadrar-se no conceito de profundidadezinha do filósofo Daniel Dennett. Aprofundemos.
Uma tese, uma antítese e uma síntese sobre as razões que levam que o ghosting em contexto profissional exista e, aparentemente, esteja em crescimento.
A auto-ajuda é sempre um convite à submissão do pensamento próprio, do pensamento crítico, ao pensamento e à experiência de outro. O pensamento crítico é o exercício de pôr em causa o pensamento próprio. Só depois disso se deve sequer pensar em orientar a atenção para um pensamento de outrem.
A Way Beyond e a pur’ple estão juntas desde o passado mês de Outubro, complementando-se na criação de soluções e ajudando a transformar, agora de forma mais profunda e transversal, pessoas, equipas e organizações. As duas marcas passam agora a partilhar o mesmo escritório, mas os canais de comunicação e áreas de atuação mantêm-se independentes, respeitando o caminho construído por cada uma ao longo de anos de relações e experiência.
Regressar ou não regressar? Controlo ou liberdade? Rigidez ou flexibilidade? Tradicionalismo cego ou progressismo ingénuo? Uma reflexão sobre o que limita a qualidade das perguntas com que nos entretemos.
É conveniente fechar ou, pelo menos, semicerrar os olhos aos problemas que existem à nossa volta e ao nosso próprio contributo. Por vezes, dá jeito não ver a realidade com clareza, não vá deixar-nos deprimidos ou dar-nos ainda mais trabalho.
Quando nos sentimos sós, entediados, zangados, frustados, preocupados, distraímo-nos com o ecrã reluzente que está mais acessível, que nos mostra coisas muitas vezes irrelevantes. Distraímo-nos com distrações. Distraiamo-nos melhor.
Percebo e reconheço que há um antes e um depois de me ter juntado à Way Beyond. O que ficou para trás recordo como uma escalada até ao pico de uma montanha. A prova dura da vida em que, para nos tornarmos grandes, aos nossos olhos, sentimo-nos tantas vezes pequenos. O que veio depois é como um mergulho no oceano.
As máquinas já nos livraram de muitos trabalhos pesados e facilitam-nos a vida em tantos outros. Quão melhor está a nossa vida? O que fizemos com esta (suposta) evolução? Criámos novos problemas, em vez de resolver outros, importantes e de persistência evitável. Que problemas estaremos a desatender porquanto se agrava a miopia provocada pelo nosso deslumbramento?
Resolvamos o problema da “carga de trabalho”; mais conversas e menos reuniões; assumamos uma perspetiva orgânica e não mecânica/matemática de crescimento; abulemos as chefias intermédias; definamos e defendamos causas, em vez de propósitos; deixemo-nos de tretas.
Toda a gente, de repente, tem algo de especial a dizer sobre assuntos importantes e o que há a dizer tem de ser dito com pressa, para se chegar primeiro. As pressas são inimigas da escuta, da observação, da introspecção e da reflexão, que são os ingredientes da ponderação, da sensatez e da consideração. As boas conversações também se fazem sem pressa.
Os vendidos são os incapazes de ver a falsidade das suas verdades absolutas e indeléveis. São os que se cegam pela necessidade tornada crença de estarem sempre certos. Estes são os que acumulam verdades sem nunca se entregarem à possibilidade de estarem errados.
Sobre este nosso mundo actual, que evidencia não estar a seguir o melhor curso, por nossa causa, sobretudo, é fácil argumentar que falta tanto bom senso como consenso. Apesar disso, nenhum dos conceitos nos levará para melhores caminhos. Tanto a causa como a solução poderão residir no senso comum.
Como se integra gente nova numa equipa que já existe? Ou devemos antes perguntar: como fazemos pessoas novas sentirem-se “em casa” numa casa que já tem outras pessoas (e móveis, quadros, candeeiros no sítio certo?).
O que pensa e sente quando alguém lhe diz que outra pessoa é “dura”? E quando uma pessoa é “mole”? As palavras estão carregadas de significados, de histórias e de História. A mesma palavra pode significar coisas diferentes em contextos e com intenções diferentes. Mas o que será que fica para trás? Que rasto fica de outros usos quando a história que queremos contar com essa palavra é diferente?
“Precisamos de salvar a liderança das pessoas da liderança”, escreveu a Megan Hustad. Dando um passo adiante, acredito que urge salvarmos os “líderes”, sobretudo as pessoas que ainda não estão maculadas pelas doutrinas da liderança
O nosso cérebro habitua-se (demasiado e demasiado rápido) àquilo que já conhece, então qualquer mudança necessária pode, em determinadas alturas, parecer-nos impossível de concretizar, um esforço hercúleo, qual mito de Sísifo.
Para nos entendermos melhor e para melhor nos fazermos entender, não é apenas importante conseguir-se ser objectivo mas também colocar as diferentes subjectividades "a conversar", esperando que as diferenças não se anulem e que construam novidade.
O que lhe acontece quando alguém lhe diz que tem de “pensar fora da caixa”? E quando lhe dizem, na mesma sequência, que precisa de “sair da sua zona de conforto”? Se é como eu, quando oiço uma dessas duas expressões, que fico com uma espécie de urticária metafísica, o mínimo será algo próximo de revirar os olhos. Creio existirem boas razões para uma reacção adversa.
A necessidade de obtermos respostas deixou alguns de nós com a presunção de as sabermos todas, para nós e, pior, para os outros.
Imagine uma criança, com os seus 4 anos, a manusear um brinquedo qualquer. De súbito, uma das peças desse brinquedo separa-se do que até então era um todo. Não há arranjo possível nem “u-h-u” ou “super três” que salve a situação. O que diz a criança?
2020 foi um ano de perdas e de ganhos. Nem tudo o que se perdeu foi mau. Nem tudo o que se ganhou foi bom. Muito, ou quase tudo, foi posto em causa. Não sendo nós excepção, decidimo-nos por um exercício de auto-observação, de análise do nosso pequeno universo e do mundo mais vasto em nosso redor.
A obsessão com a busca de um sentido último, se tudo o que se fizer estiver alinhado com um propósito predefinido ou desejado onde residirão o espaço e o tempo para a experimentação? E para a novidade? E o espaço para não saber qual será o resultado?
Não é precioso o tempo das perguntas? E as próprias perguntas? Tão preciosas que deveria constituir infracção grave e haver lugar a perda de pontos de cada vez que perguntamos sem saber para que o fazemos.
Experimente parar, por uma vez.
O progresso tecnológico promete resolver os nossos problemas mais prementes, mas está a criar outros mais subtis e profundos. Entre a obsessão pela eficiência e a perda do que nos torna humanos, que escolhas estamos realmente a fazer?