Ideias, Reflexões e Especulações
Sobre o valor da conversa
Quanto vale uma conversa? E quanto custa? As expressões “as boas conversas não têm preço” ou “as conversas têm valor incalculável” podem bem enquadrar-se no conceito de profundidadezinha do filósofo Daniel Dennett. Aprofundemos.
Ghosting comercial: uma reflexão sobre o estado a que chegámos
Uma tese, uma antítese e uma síntese sobre as razões que levam que o ghosting em contexto profissional exista e, aparentemente, esteja em crescimento.
Ver com clareza aleija, por isso vê-se turvo
A auto-ajuda é sempre um convite à submissão do pensamento próprio, do pensamento crítico, ao pensamento e à experiência de outro. O pensamento crítico é o exercício de pôr em causa o pensamento próprio. Só depois disso se deve sequer pensar em orientar a atenção para um pensamento de outrem.
Regressar ou não regressar? Será esta a questão?
Regressar ou não regressar? Controlo ou liberdade? Rigidez ou flexibilidade? Tradicionalismo cego ou progressismo ingénuo? Uma reflexão sobre o que limita a qualidade das perguntas com que nos entretemos.
Uma perspectiva sobre sustentabilidade
É conveniente fechar ou, pelo menos, semicerrar os olhos aos problemas que existem à nossa volta e ao nosso próprio contributo. Por vezes, dá jeito não ver a realidade com clareza, não vá deixar-nos deprimidos ou dar-nos ainda mais trabalho.
Atentemos ao que se presta atenção e aprendamos a distrair-nos melhor
Quando nos sentimos sós, entediados, zangados, frustados, preocupados, distraímo-nos com o ecrã reluzente que está mais acessível, que nos mostra coisas muitas vezes irrelevantes. Distraímo-nos com distrações. Distraiamo-nos melhor.
Ainda agora aqui cheguei
Percebo e reconheço que há um antes e um depois de me ter juntado à Way Beyond. O que ficou para trás recordo como uma escalada até ao pico de uma montanha. A prova dura da vida em que, para nos tornarmos grandes, aos nossos olhos, sentimo-nos tantas vezes pequenos. O que veio depois é como um mergulho no oceano.
A (triste) história do chatbot que me conhece melhor do que a minha mãe
As máquinas já nos livraram de muitos trabalhos pesados e facilitam-nos a vida em tantos outros. Quão melhor está a nossa vida? O que fizemos com esta (suposta) evolução? Criámos novos problemas, em vez de resolver outros, importantes e de persistência evitável. Que problemas estaremos a desatender porquanto se agrava a miopia provocada pelo nosso deslumbramento?
Devolvam-me as minhas dificuldades
Tenham a gentileza de me devolver as minhas dificuldades para que eu possa escolher livremente os meus desafios.
Adivinhações pouco prováveis de se concretizar
Resolvamos o problema da “carga de trabalho”; mais conversas e menos reuniões; assumamos uma perspetiva orgânica e não mecânica/matemática de crescimento; abulemos as chefias intermédias; definamos e defendamos causas, em vez de propósitos; deixemo-nos de tretas.
Não, isto não é normal
Toda a gente, de repente, tem algo de especial a dizer sobre assuntos importantes e o que há a dizer tem de ser dito com pressa, para se chegar primeiro. As pressas são inimigas da escuta, da observação, da introspecção e da reflexão, que são os ingredientes da ponderação, da sensatez e da consideração. As boas conversações também se fazem sem pressa.
Heráclito, a resiliência e a Diretora Financeira
Nas nossas redes humanas uma pessoa pode contribuir para que outra supere as suas adversidades, vendo-se a si própria de outro modo.
Os vendedores de vendas
Os vendidos são os incapazes de ver a falsidade das suas verdades absolutas e indeléveis. São os que se cegam pela necessidade tornada crença de estarem sempre certos. Estes são os que acumulam verdades sem nunca se entregarem à possibilidade de estarem errados.
Nem bom senso, nem consenso
Sobre este nosso mundo actual, que evidencia não estar a seguir o melhor curso, por nossa causa, sobretudo, é fácil argumentar que falta tanto bom senso como consenso. Apesar disso, nenhum dos conceitos nos levará para melhores caminhos. Tanto a causa como a solução poderão residir no senso comum.
Seja bem-vindo quem vier por bem
Como se integra gente nova numa equipa que já existe? Ou devemos antes perguntar: como fazemos pessoas novas sentirem-se “em casa” numa casa que já tem outras pessoas (e móveis, quadros, candeeiros no sítio certo?).
Das competências “moles”
O que pensa e sente quando alguém lhe diz que outra pessoa é “dura”? E quando uma pessoa é “mole”? As palavras estão carregadas de significados, de histórias e de História. A mesma palavra pode significar coisas diferentes em contextos e com intenções diferentes. Mas o que será que fica para trás? Que rasto fica de outros usos quando a história que queremos contar com essa palavra é diferente?
Voltemos a querer ter e ser (bons) chefes
“Precisamos de salvar a liderança das pessoas da liderança”, escreveu a Megan Hustad. Dando um passo adiante, acredito que urge salvarmos os “líderes”, sobretudo as pessoas que ainda não estão maculadas pelas doutrinas da liderança
Esta mudança está diferente
O nosso cérebro habitua-se (demasiado e demasiado rápido) àquilo que já conhece, então qualquer mudança necessária pode, em determinadas alturas, parecer-nos impossível de concretizar, um esforço hercúleo, qual mito de Sísifo.