Ideias, Reflexões e Especulações
Suficientemente bons: desafiando a tirania da excelência
A obsessão pela excelência está a tornar-nos menos excelentes. Ao perseguirmos incessantemente a perfeição, perdemos de vista o que realmente importa: a capacidade de aprender, crescer e contribuir de forma significativa para o mundo. E se, em vez de tentarmos ser perfeitos, nos focássemos em ser 'suficientemente bons'?
Regressar ou não regressar? Será esta a questão?
Regressar ou não regressar? Controlo ou liberdade? Rigidez ou flexibilidade? Tradicionalismo cego ou progressismo ingénuo? Uma reflexão sobre o que limita a qualidade das perguntas com que nos entretemos.
Adivinhações pouco prováveis de se concretizar
Resolvamos o problema da “carga de trabalho”; mais conversas e menos reuniões; assumamos uma perspetiva orgânica e não mecânica/matemática de crescimento; abulemos as chefias intermédias; definamos e defendamos causas, em vez de propósitos; deixemo-nos de tretas.
Não, isto não é normal
Toda a gente, de repente, tem algo de especial a dizer sobre assuntos importantes e o que há a dizer tem de ser dito com pressa, para se chegar primeiro. As pressas são inimigas da escuta, da observação, da introspecção e da reflexão, que são os ingredientes da ponderação, da sensatez e da consideração. As boas conversações também se fazem sem pressa.
Podcast: A saúde do mercado de trabalho, com João Sevilhano
O João Sevilhano conversou com a Sílvia Nunes do podcast “Profiler”. Conversaram sobre o seu percurso, trabalho, saúde, tempo, ocupação entre outros temas.
Para quando um equivalente ao #MeToo para o tempo?
No que respeita ao tempo não há piropos mas há “bocas”; quem sai dentro do horário ou trabalha “apenas” durante o tempo que está estipulado no seu contrato ainda é olhado de soslaio.
Sobre o tempo: escassez e rapidez
Imaginou-se, ou previu-se, que iríamos cada vez trabalhar menos e ganhar tempo para o prazer de nos tornarmos melhores, mais sábios e mais cultos. O ócio deixaria de pertencer aos preguiçosos e aos afortunados e passaria a estar à mão de todos ou, pelo menos, de muitos mais. Nada disto aconteceu.
“Chamar os bois pelos nomes” – Parte 2: De banalidades a barbaridades
Custa-me cada vez mais viver num mundo que valoriza o magnetismo daqueles e daquelas que encantam pela sua mediocridade ideológica, sem qualquer respeito pela verdade. O mesmo mundo onde o estatuto, ganho muitas vezes sabe-se lá como, ilumina o caminho até palcos com grande projecção. Pena que não alumie da mesma forma o percurso que vai além de uma superficialidade sensacionalista.
Estamos prontos para ser Way Beyond?
A ideia original, algo louca, surgiu numa conversa de equipa em que se abordaram a estratégia e o propósito da Way Beyond. Para desafiar os nossos próprios paradigmas em relação ao “trabalho”, poderíamos chegar a um patamar onde reservaríamos um mês por ano em que não trabalharíamos “para fora”. O trabalho para clientes ficaria suspenso durante esse período.
A importância do inútil no combate à estupidez
No mundo do trabalho idiota, a eficácia não é recompensada. Pelos vistos valorizam-se mais aspectos como a propriedade do tempo de outros e o poder que daí advém. Portanto, um trabalhador esperto e que tenha uma noção mínima de economia do esforço não fará o seu melhor. Fará apenas o suficiente para dar a ideia de que está a fazer algo de útil com o tempo que, afinal, não é seu.
Deixar de usar o tempo como medida para o trabalho e dar importância ao que é inútil
É muito trabalhador” ou “tem grande capacidade de trabalho”; “é a primeira a entrar e a última a sair”. Quais as primeiras ideias que lhe surgem ao ler estas frases? O que sente?
Continuando a procurar uma nova definição de “trabalho”
Hoje, e, pelos vistos, já nos anos 40 e 50 do século passado assim era visto ou, pelo menos, previsto: os momentos de lazer parecem apenas ter espaço e tempo para acontecer nas interrupções do trabalho. Trabalho e lazer, tal como água e azeite, não se misturam. Aparentemente pelas mesmas razões: são compostos por substâncias “incompatíveis”.
“Chamar os bois pelos nomes”: o caso do jargão empresarial
Confesso-me tão saturado das tretas empresariais, sobretudo das ditas em inglês, que cada vez que oiço que alguém precisa de ajuda para desenvolver as suas soft skills o que eu oiço é que será provavelmente alguém que recorre à falta de educação, à falta de respeito e à falta de bom senso como meios para atingir os seus resultados.
Por uma nova definição de trabalho
No mundo do trabalho moderno e na sociedade, há que criar espaço e respeitar o tempo para o ócio, com vista ao desenvolvimento do negócio; há que abraçar o tédio, tornando mais forte o músculo que resiste à tentação de estarmos ocupados ou entretidos de forma permanente; há que recuperar as noções originais de lazer e de contemplação como base da aprendizagem e do desenvolvimento humanos.
A ociosidade, na acepção original do termo, não é ficar parado: Entrevista de João Sevilhano ao Leiria Económica
A ociosidade, na acepção original do termo, não é apenas estar parado”. Num mundo em acelerada mudança, exige-se dos empresários um leque cada vez mais alargado de características para “aguentar o barco”. Maior ainda para o fazer chegar a bom porto. João Sevilhano expõe obsctáculos e desafios inerentes a esta missão.