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Ideias, Reflexões e Especulações

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Seja bem-vindo quem vier por bem

Como se integra gente nova numa equipa que já existe? Ou devemos antes perguntar: como fazemos pessoas novas sentirem-se “em casa” numa casa que já tem outras pessoas (e móveis, quadros, candeeiros no sítio certo?).

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Das competências “moles”

O que pensa e sente quando alguém lhe diz que outra pessoa é “dura”? E quando uma pessoa é “mole”? As palavras estão carregadas de significados, de histórias e de História. A mesma palavra pode significar coisas diferentes em contextos e com intenções diferentes. Mas o que será que fica para trás? Que rasto fica de outros usos quando a história que queremos contar com essa palavra é diferente?

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Voltemos a querer ter e ser (bons) chefes

“Precisamos de salvar a liderança das pessoas da liderança”, escreveu a Megan Hustad. Dando um passo adiante, acredito que urge salvarmos os “líderes”, sobretudo as pessoas que ainda não estão maculadas pelas doutrinas da liderança

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Esta mudança está diferente

O nosso cérebro habitua-se (demasiado e demasiado rápido) àquilo que já conhece, então qualquer mudança necessária pode, em determinadas alturas, parecer-nos impossível de concretizar, um esforço hercúleo, qual mito de Sísifo.

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A literalidade mata o entendimento

Para nos entendermos melhor e para melhor nos fazermos entender, não é apenas importante conseguir-se ser objectivo mas também colocar as diferentes subjectividades "a conversar", esperando que as diferenças não se anulem e que construam novidade.

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Fique dentro da caixa e conheça bem a sua zona de conforto

O que lhe acontece quando alguém lhe diz que tem de “pensar fora da caixa”? E quando lhe dizem, na mesma sequência, que precisa de “sair da sua zona de conforto”? Se é como eu, quando oiço uma dessas duas expressões, que fico com uma espécie de urticária metafísica, o mínimo será algo próximo de revirar os olhos. Creio existirem boas razões para uma reacção adversa.

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Abraçar a curiosidade

A necessidade de obtermos respostas deixou alguns de nós com a presunção de as sabermos todas, para nós e, pior, para os outros.

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Afinal quem são eles?

Imagine uma criança, com os seus 4 anos, a manusear um brinquedo qualquer. De súbito, uma das peças desse brinquedo separa-se do que até então era um todo. Não há arranjo possível nem “u-h-u” ou “super três” que salve a situação. O que diz a criança?

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A propósito de propósito

A obsessão com a busca de um sentido último, se tudo o que se fizer estiver alinhado com um propósito predefinido ou desejado onde residirão o espaço e o tempo para a experimentação? E para a novidade? E o espaço para não saber qual será o resultado?

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Se não sabe para que é que pergunta?

Não é precioso o tempo das perguntas? E as próprias perguntas? Tão preciosas que deveria constituir infracção grave e haver lugar a perda de pontos de cada vez que perguntamos sem saber para que o fazemos.

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O real, o virtual e o digital

Ao colocar o mundo virtual em oposição ao mundo real, é como se o virtual-digital não fizesse parte da realidade mas fosse uma espécie de simulacro. Não corramos esse risco.

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Os burocratas emocionais

A burocracia é como um niilismo forçado, fabricado, que nos empurra para acções sem sentido, sem finalidade a não ser o cumprimento das regras impostas através da repetição acéfala de determinados rituais. A consequência, como podemos observar e experienciar no nosso dia-a-dia, é a diminuição da condição que nos torna humanos: a nossa capacidade de criar e de imaginar e de nos pensarmos a nós próprios.

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A conversação como espaço de virtude e de perversão – Parte I: O lugar da alteridade na era do individualismo

Uma conversa, para ser boa e rica, não é apenas entretenimento. Envolve esforço, dedicação e uma boa dose de abnegação. Montaigne nos seus “Ensaios” dizia que a principal razão que leva a que uma conversa seja insatisfatória é que muitas pessoas se tornam defensivas quando os seus pontos de vista são questionadas. Para conversarmos, realmente, temos de nos descentrar de nós mesmos.

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