Ideias, Reflexões e Especulações
Se não sabe para que é que pergunta?
Não é precioso o tempo das perguntas? E as próprias perguntas? Tão preciosas que deveria constituir infracção grave e haver lugar a perda de pontos de cada vez que perguntamos sem saber para que o fazemos.
O real, o virtual e o digital
Ao colocar o mundo virtual em oposição ao mundo real, é como se o virtual-digital não fizesse parte da realidade mas fosse uma espécie de simulacro. Não corramos esse risco.
Os burocratas emocionais
A burocracia é como um niilismo forçado, fabricado, que nos empurra para acções sem sentido, sem finalidade a não ser o cumprimento das regras impostas através da repetição acéfala de determinados rituais. A consequência, como podemos observar e experienciar no nosso dia-a-dia, é a diminuição da condição que nos torna humanos: a nossa capacidade de criar e de imaginar e de nos pensarmos a nós próprios.
ConversAcções à Mesa
O nosso propósito era partilhar ideias, interesses, dúvidas, curiosidades uns com os outros, num momento criado especificamente para o efeito. Ao mesmo tempo, contribuíamos para o desenvolvimento contínuo das pessoas da equipa em aspectos para nós críticos (pensamento crítico; capacidade de transformar informação em conhecimento; conversar; integrar diferentes pontos de vista; entre outros).
Dançamos?
way-beyond-work: este foi o título do e-mail que enviei à equipa no último dia em que “estive com eles” (contratualmente falando e também nos canais e plataformas de trabalho que nos ajudaram tanto nos último meses). A partir daquele dia, a minha presença na vida de cada um deles e deles na minha, manter-se-ia oficialmente além do trabalho, sobretudo.
A experiência da Way Beyond Coaching Class – Nível Avançado
No dia 2 de Junho de 2020, terminámos a Way Beyond Coaching Class 1, a primeira edição do nosso Programa de Coaching, inteiramente desenhado por nós depois de 11 anos a entregar um programa em parceria.
Queríamos ter os testemunhos de quem participou e pedir que escrevessem um artigo a 5 pares de mãos. Mas, pensando melhor, pareceu-nos mais divertido e mais dinâmico juntarmo-nos (virtualmente) para conversar que, afinal, é o que mais gostamos de fazer!
Como Quem Volta a Casa
“A entrada de uma nova pessoa numa equipa é, habitualmente, um período de ajustes e de procura de novos equilíbrios. O que se segue não é uma “receita para integração de pessoas”, mas sim um contributo possível para este exercício que é menos simples do que parece.“
Das Certezas e das Dúvidas
O papel da flexibilidade e adaptabilidade, da rigidez e do controlo no pensamento e nas opiniões.
Para quando um equivalente ao #MeToo para o tempo?
No que respeita ao tempo não há piropos mas há “bocas”; quem sai dentro do horário ou trabalha “apenas” durante o tempo que está estipulado no seu contrato ainda é olhado de soslaio.
Edward HOPPER e Gregory CREWDSON – Cenas da Vida
Por estes dias, tanto apaixonada quanto obsessiva, procuro várias vezes os quadros de um e as fotografias do outro e ponho-me a sonhar que sou eu que estou ali. E, se fosse, o que estaria a sentir?
A conversação como espaço de virtude e de perversão – Parte II: Sobre a integridade na era da autenticidade
A diferença entre uma (boa) psicoterapeuta e um (“bom”) burlão está, fundamentalmente, na intenção e na integridade de uma e de outro. Enquanto o interesse da primeira deverá ser a promoção do bem-estar do outro, a intenção do segundo é o ganho pessoal à custa de outrem.
A conversação como espaço de virtude e de perversão – Parte I: O lugar da alteridade na era do individualismo
Uma conversa, para ser boa e rica, não é apenas entretenimento. Envolve esforço, dedicação e uma boa dose de abnegação. Montaigne nos seus “Ensaios” dizia que a principal razão que leva a que uma conversa seja insatisfatória é que muitas pessoas se tornam defensivas quando os seus pontos de vista são questionadas. Para conversarmos, realmente, temos de nos descentrar de nós mesmos.
Sobre o tempo: escassez e rapidez
Imaginou-se, ou previu-se, que iríamos cada vez trabalhar menos e ganhar tempo para o prazer de nos tornarmos melhores, mais sábios e mais cultos. O ócio deixaria de pertencer aos preguiçosos e aos afortunados e passaria a estar à mão de todos ou, pelo menos, de muitos mais. Nada disto aconteceu.
“Chamar os bois pelos nomes” – Parte 2: De banalidades a barbaridades
Custa-me cada vez mais viver num mundo que valoriza o magnetismo daqueles e daquelas que encantam pela sua mediocridade ideológica, sem qualquer respeito pela verdade. O mesmo mundo onde o estatuto, ganho muitas vezes sabe-se lá como, ilumina o caminho até palcos com grande projecção. Pena que não alumie da mesma forma o percurso que vai além de uma superficialidade sensacionalista.
Na aprendizagem e na transmissão, o oposto de um especialista não é um generalista
Recentemente conversava com duas colegas sobre uma experiência de aprendizagem que uma delas tinha conduzido para um grupo de pessoas de um cliente nosso. Perguntara-lhe como tinha corrido. A sua resposta fez despontar a tal conversa. Procurávamos entender e definir o que tornaria as nossas experiências de aprendizagem diferentes de tantas outras. Como tínhamos chegado a estes modelo e estilo?
Estamos prontos para ser Way Beyond?
A ideia original, algo louca, surgiu numa conversa de equipa em que se abordaram a estratégia e o propósito da Way Beyond. Para desafiar os nossos próprios paradigmas em relação ao “trabalho”, poderíamos chegar a um patamar onde reservaríamos um mês por ano em que não trabalharíamos “para fora”. O trabalho para clientes ficaria suspenso durante esse período.
O tempo da sabedoria
Antes, quando as pessoas se queriam tornar boas, não se preocupavam tanto com as suas competências (saber-fazer) como fazem hoje. Ocupavam-se das suas qualidades ou virtudes (saber-ser). E, num aparente paradoxo, a única forma que concebiam para atingir essas virtudes e qualidades era através da sua aplicação consistente e constante.