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Ideias, Reflexões e Especulações

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A conversação como espaço de virtude e de perversão – Parte I: O lugar da alteridade na era do individualismo

Uma conversa, para ser boa e rica, não é apenas entretenimento. Envolve esforço, dedicação e uma boa dose de abnegação. Montaigne nos seus “Ensaios” dizia que a principal razão que leva a que uma conversa seja insatisfatória é que muitas pessoas se tornam defensivas quando os seus pontos de vista são questionadas. Para conversarmos, realmente, temos de nos descentrar de nós mesmos.

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Sobre o tempo: escassez e rapidez

Imaginou-se, ou previu-se, que iríamos cada vez trabalhar menos e ganhar tempo para o prazer de nos tornarmos melhores, mais sábios e mais cultos. O ócio deixaria de pertencer aos preguiçosos e aos afortunados e passaria a estar à mão de todos ou, pelo menos, de muitos mais. Nada disto aconteceu.

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“Chamar os bois pelos nomes” – Parte 2: De banalidades a barbaridades

Custa-me cada vez mais viver num mundo que valoriza o magnetismo daqueles e daquelas que encantam pela sua mediocridade ideológica, sem qualquer respeito pela verdade. O mesmo mundo onde o estatuto, ganho muitas vezes sabe-se lá como, ilumina o caminho até palcos com grande projecção. Pena que não alumie da mesma forma o percurso que vai além de uma superficialidade sensacionalista.

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Na aprendizagem e na transmissão, o oposto de um especialista não é um generalista

Recentemente conversava com duas colegas sobre uma experiência de aprendizagem que uma delas tinha conduzido para um grupo de pessoas de um cliente nosso. Perguntara-lhe como tinha corrido. A sua resposta fez despontar a tal conversa. Procurávamos entender e definir o que tornaria as nossas experiências de aprendizagem diferentes de tantas outras. Como tínhamos chegado a estes modelo e estilo?

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O tempo da sabedoria

Antes, quando as pessoas se queriam tornar boas, não se preocupavam tanto com as suas competências (saber-fazer) como fazem hoje. Ocupavam-se das suas qualidades ou virtudes (saber-ser). E, num aparente paradoxo, a única forma que concebiam para atingir essas virtudes e qualidades era através da sua aplicação consistente e constante.

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Os Acusadores – um retrato contemporâneo

A ofensa passou de aguda a crónica. Já não é uma reacção a algo que nos magoa ou afecta a nossa reputação. Estamos reactivos a tudo o que nos é dissonante; tudo o que é diferente faz, pura e simplesmente, ricochete.

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Do politicamente correcto

Politicamente correto é uma teoria que sustenta a ideia de que é perfeitamente possível pegar num pedaço de merda pelo lado limpo. Pois bem, não creio ser possível. Se é merda, é merda.

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A importância do inútil no combate à estupidez

No mundo do trabalho idiota, a eficácia não é recompensada. Pelos vistos valorizam-se mais aspectos como a propriedade do tempo de outros e o poder que daí advém. Portanto, um trabalhador esperto e que tenha uma noção mínima de economia do esforço não fará o seu melhor. Fará apenas o suficiente para dar a ideia de que está a fazer algo de útil com o tempo que, afinal, não é seu.

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Aprender a aprender é o melhor que se pode “ensinar”

Imagine que está numa sala com uma criança. A sala tem uma escadaria. Esta ainda não sabe andar, está a aprender. Ouve barulho e a sua atenção e o seu olhar desviam-se da criança por breves instantes. Quando regressam à sala, e à criança, vê que esta conseguiu subir até ao quarto degrau das escadas. O que faz?

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Continuando a procurar uma nova definição de “trabalho”

Hoje, e, pelos vistos, já nos anos 40 e 50 do século passado assim era visto ou, pelo menos, previsto: os momentos de lazer parecem apenas ter espaço e tempo para acontecer nas interrupções do trabalho. Trabalho e lazer, tal como água e azeite, não se misturam. Aparentemente pelas mesmas razões: são compostos por substâncias “incompatíveis”.

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“Chamar os bois pelos nomes”: o caso do jargão empresarial

Confesso-me tão saturado das tretas empresariais, sobretudo das ditas em inglês, que cada vez que oiço que alguém precisa de ajuda para desenvolver as suas soft skills o que eu oiço é que será provavelmente alguém que recorre à falta de educação, à falta de respeito e à falta de bom senso como meios para atingir os seus resultados.

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As conversas dos apaixonados e das equipas

Os casais e as equipas mais bem sucedidos serão os que conseguem, de forma contínua e constante, conversar sobre a relação e a sua manutenção/evolução, que continuam a criar e a explorar possibilidades e que conseguem coordenar acções de forma eficaz.

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Os efeitos positivos de pensar negativo

Facilitar o processo de aprendizagem e de mudança pode implicar, muitas vezes, a aceitação das dificuldades, a criação de estratégias de resolução e o desenvolvimento de qualidades e capacidades que advêm do pensamento negativo.

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Silencio! Vai-se escutar

O silêncio na relação com um outro ganha outra configuração, outra complexidade e, por isso, outra riqueza. Escutar não é apenas ouvir e decifrar o que se recebe mas, precisamente porque se decifra, porque se interpreta, implica, simultaneamente, escutar-se a si próprio. A escuta é, portanto, um fenómeno de duas vias com dois sentidos: implica a escuta do outro e a «escuta da escuta».

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