Caso

Personal Learning Journey

Processo Individual de Aprendizagem

Contado na primeira pessoa pela Andreia Costa | Digital Manager | Adagietto

Não é coaching, não é mentoring, não é aconselhamento. O que é?

Desafiámos a Andreia a escrever sobre a sua experiência. Não podíamos estar mais felizes e orgulhosos com o resultado.

As imagens foram escolhidas pela Andreia, recorrendo a dois artistas que, por uma extraordinária coincidência, adoramos e seguimos na Way Beyond: o Christoph Niemann e a Wasted Rita.

 
 

“No inicio do ano, abracei um novo cargo: a coordenação do Departamento Digital da Adagietto. Além de já possuir algumas qualidades e competências transversais para o cargo, foi importante haver um foco na parte da formação e uma melhor noção de liderança. Foi este o ponto de partida para começar o processo de aprendizagem individual com a Way Beyond. 

Começou com uma sessão entre mim, o Miguel Moreira Rato, CEO da Adagietto (quem propôs esta formação) e a Sónia da Way Beyond. Esta sessão teve como objetivo ser o kick off deste processo, durante o qual cada um de nós partilhou as expectativas e o que gostava que acontecesse em 6 sessões, em que eu e a Sónia iríamos trabalhar juntas. 

Honestamente, fui mesmo sem expectativas e sem saber para o que ia, pois era a primeira vez que estaria num destes processos, ainda por cima “personalizável” ao ponto de ser individual. 

Infelizmente, com o tema covid-19, só tive uma sessão presencial mas, ainda assim, remotamente, correu tudo lindamente e as conversas iam fluindo cada vez melhor, sessão após sessão. 

A primeira reação foi: “ok, isto vai ser duro de ler”, porque não é todos os dias que sabemos o que pensam, vêm e sentem sobre nós, dentro e fora do trabalho. No dia 26 de Março, lá recebi o documento e fui logo a correr ler para tentar identificar as pessoas que tinham dado certas respostas. Li três vezes de seguida. Parei e voltei a fechar o documento.

Na sessão seguinte, a Sónia e eu falámos por alto sobre o Questionário de Identidade Pública (QIP), as minhas primeiras impressões, mal eu sabia que ainda não tinha realmente lido aquilo a sério. A Sónia pediu-me para analisar e reflectir sobre o QIP e preencher um documento de apoio à reflexão.

Aqui é que realmente li com outros olhos e outra atitude. Li coisas que, das primeiras três vezes que tinha lido, não tinha visto. Um dos findings foi que eu não ouvia, fazia monólogos quando falava com as pessoas… E isto, além de ter sido uma descoberta, criou-me algum desconforto, honestamente.

Falei com a Sónia, vimos as duas a reflexão que tinha feito sobre o QIP e esta questão de eu não ouvir o outro preocupou-me. Sobre isto, o que me lembrei que seria um bom exercício, e trocando ideias com a Sónia, foi criar o “Andreia Escuta”: conversas com as pessoas do departamento que coordeno, em que iria apenas escutar. Um bom exercício para quem, como eu, quando o outro está a falar, já estou com mil respostas na ponta da língua e acabo realmente por parar de escutar.

A Sónia também partilhou a sua perceção (da minha escuta) e chegámos a uma conclusão: este trabalho de casa que fiz, ajudou, sem dúvida.

 

Um dos pontos que partilhei na primeira sessão e que gostava que fosse trabalhado, foi a minha dependência dos outros para tomar decisões.

O processo ajudou-me muito neste sentido, mais uma vez, a construir melhor o feedback, o pensamento e a preparação de qualquer tema.

Ao fim de dois meses, sinto-me mais confiante e com uma postura face aos temas muito mais disciplinada e estruturada. 

Outra coisa que a Sónia fez, foi abrir-me a “caixinha de pandora” (como lhe disse na altura) sobre os estilos de liderança que existem e como devo adaptar um estilo a situações e a pessoas diferentes, e que impacto isso tem!

Definitivamente, o documento que a Sónia partilhou comigo será “food for thought” durante uns bons anos.

Nunca existirá um modelo que possa ser aplicado igualmente a dez pessoas, nem a situações semelhantes, cada caso é um caso e cada pessoa é diferente em situações e ambientes diferentes.

 

Este curso/workshop/coaching, chama-se Processo Individual de Aprendizagem e, sim, tinha como foco ajudar-me na liderança, mas foi muito além disso.

Ajudou-me a relacionar-me melhor com os outros, a comunicar melhor, a organizar o meu feedback, a minha postura e na preparação de qualquer tarefa, seja de trabalho ou até de conversas na vida pessoal. 

Tudo o que foi discutido, ao longo destes dois meses, constituiu um importante contributo para mim, Andreia, como pessoa. As pessoas são mais do que o que trabalham e onde estão. As pessoas relacionam-se diariamente com o outro e a comunicação é a base de tudo.

O principal que retiro desta aprendizagem e destas sessões é como é importante a relação com o outro e a comunicação, o feedback que damos uns aos outros só ajuda nas relações e no dia-a-dia.

Foi, sem dúvida, uma experiência que me marcou profissional e pessoalmente e que levarei comigo durante muito tempo.”

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