Mais uns…
CONVERSAÇÃO
MENUS
de
para as Festas!
(e não só)
Num mundo que gira a toda a velocidade, convidamos a desacelerar.
Para nos sentarmos à mesa - essa poderosa tecnologia das relações humanas - e redescobrirmos a arte da conversação.
Inspirados na tradição milenar dos banquetes filosóficos e na sabedoria das longas refeições, voltámos a criar uma série de menus de conversação.
Porque acreditamos num mundo onde temos a liberdade de experimentar, falhar e aprender, onde podemos desfrutar do lazer sem culpa, onde a criatividade é valorizada em si mesma e onde podemos aceitar que, às vezes, fazer o nosso melhor é suficiente.
Este não é um exercício de debate ou de procura de respostas definitivas. É antes um convite para explorarmos juntos os territórios da nossa experiência, para nos surpreendermos com as conexões inesperadas que emergem quando damos tempo a nós próprios, ao outro, aos pensamentos, às emoções, às conversas.
Um mundo de inovação genuína, de relações humanas autênticas, de trabalho significativo e sustentável, que pede curiosidade, escuta, intuição e tédio, em doses lentas, contemplativas, atentas e transformadoras.
Escolha um menu, reúna pessoas queridas e permita que o tempo se desdobre naturalmente. Porque algumas das descobertas mais valiosas acontecem precisamente nos silêncios entre as palavras, nos momentos de reflexão partilhada, na arte de estar verdadeiramente presente para o outro.
Nestas festas, o nosso convite continua a ser para que se converse.
É tempo de saborear!
Modo de Preparação
Cuida das tuas necessidades enquanto cuidas das necessidades dos outros.
Minimiza distracções.
Coloca os telemóveis em modo de emergência.
Está presente, aqui-e-agora.
Olhos nos olhos, sem interromper.
Escuta profundamente.
Dá espaço aos sons e silêncios, sem juízos.
Passa do “eu sei” à “vulnerabilidade”.
Mantém a curiosidade para descobrir novas explicações para o que já julgas que sabes.
Os Menus
Ideias para conversar sobre:
MENU de
CONVERSAÇÃO
para as Festas!
Curiosidade Transformadora
Há quanto tempo não aprendes ou experimentas algo novo?
APERITIVO
Qual é a história ou a origem de uma ideia que tenhas e como evoluiu ao longo do tempo?
ENTRADA
Por que acreditas no que acreditas? Como podes testar a validade dessa crença?
PRATO PRINCIPAL
Que pergunta nunca tiveste coragem de fazer? Porquê?
SOBREMESA
Que incerteza ou desconforto podes procurar conscientemente?
DIGESTIVO
MENU de
CONVERSAÇÃO
para as Festas!
Escuta Atenta
Como sabes quando alguém te está a escutar verdadeiramente?
APERITIVO
Em que situação escutar profundamente alguém mudou a tua perspectiva? Como te sentiste?
ENTRADA
Como praticas a “escuta da tua escuta”? Como te sentes ao te aperceberes do que vais pensando durante uma conversa?
PRATO PRINCIPAL
Como julgas que praticar uma escuta consciente pode mudar a forma como experiencias conversas no teu dia-a-dia? E a forma como vives a vida em si?
SOBREMESA
O que é que escutaste durante esta "refeição", que ficará contigo?
DIGESTIVO
MENU de
CONVERSAÇÃO
para as Festas!
Intuição Lenta
APERITIVO
ENTRADA
Qual foi a última vez em que o tempo te ensinou algo que a pressa não conseguia explicar?
Que decisão tomaste "sem pensar" e só mais tarde percebeste a sua verdadeira sabedoria?
O que é que o teu corpo, as tuas entranhas, sabem que a tua mente ainda tenta compreender?
PRATO PRINCIPAL
Onde encontras a paciência necessária para deixar as respostas chegarem por si?
SOBREMESA
DIGESTIVO
Que pergunta precisas de parar de tentar responder?
MENU de
CONVERSAÇÃO
para as Festas!
Tédio Contemplativo
Que tarefa repetitiva do teu dia-a-dia te ensinou algo que nenhuma novidade conseguiria?
APERITIVO
ENTRADA
Como transformas um momento aparentemente vazio numa oportunidade de descoberta?
Que prática monótona te revelou uma dimensão mais profunda de ti próprio(a)?
SOBREMESA
DIGESTIVO
Que mestria encontraste através da persistência em algo aparentemente trivial?
PRATO PRINCIPAL
O que é que a simplicidade de uma tarefa repetitiva te permite ver que a complexidade obscurece?
"O verdadeiro diálogo leva-me a pensamentos de que não me sabia capaz, dos quais não era mestre."
- Maurice Merleau-Ponty